venerdì 30 aprile 2010

O depoimento de Monsenhor Agostinho Borges na Rádio Renascença

Um Papa “muito próximo das pessoas”
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Na contagem decrescente para a visita ao Papa, a Renascença continua a olhar para as algumas das mais proeminentes personalidades da Igreja portuguesa ao serviço da Cúria Romana. Hoje é a vez de Monsenhor Agostinho Borges, Reitor do Instituto e Igreja de Santo António dos Portugueses.
Esta Igreja é uma importante parcela de Portugal em Roma com uma contribuição ímpar no plano artístico e também cultural.
Nesta entrevista a Aura Miguel, Monsenhor Agostinho Borges alude também a vários aspectos relacionados com o Papa. O sacerdote acompanhou pessoalmente o então Cardeal Joseph Ratzinger numa visita à cidade do Porto, em 2001, para uma conferência. “Nessa altura apercebi-me que o Cardeal Ratzinger era um homem extremamente acessível, de uma grande humildade e uma grande humanidade”.
“Quando o D. António Marto lhe disse «Sabe, acabaram de me fazer Bispo, eu que tanto gostava do ensino da Universidade, fizeram-me Bispo». Ele começou também a lamentar-se «Também a mim! Eu também gostava muito da Universidade e do ensino e agora estou aqui». Era uma pessoa muito humana, muito próxima das pessoas” – recorda, contando que conduziu Ratzinger num carro alugado até Braga e Guimarães.
Monsenhor Agostinho Borges desfia o rosário das memórias de Bento XVI, lembrando “que ele apreciava cada momento. Por exemplo, quando fomos visitar a Igreja de São Francisco, ficou maravilhado a olhar para aquele esplendor de talha dourada. A seguir a isso, na visita às Caves do Vinho do Porto, apreciou muito ver aqueles anos que estavam representados na garrafeira, nos tonéis de vinho e mais maravilhado ficou quando lhe ofereceram uma garrafa de Vinho do Porto com a data do seu nascimento”.
O Reitor do Instituto e da Igreja de Santo António dos Portugueses voltou a encontrar-se com o Papa “ de maneira ocasional e ele tinha sempre a preocupação de perguntar «como está o seu amigo Bispo?», que era o Sr. D. António Marto. Às vezes dizia isto a D. António Marto e ele não acreditava: «Ele recorda-se lá de mim! Mas ele lembrava-se”.
Nesta entrevista, Monsenhor Agostinho Borges começou por se referir ao Instituto e à Igreja de Santo António dos Portugueses, explicando que tem “duas vertentes: a parte da Igreja, com Missa dominical, e a parte cultural do Instituto, também ligada à Embaixada de Portugal junto da Santa Sé”.
Os roteiros culturais de Roma incluem concertos na Igreja de Santo António dos Portugueses – uma igreja a que os italianos chamam “uma caixa de bombons”, de tão delicada e rica. A “culpa” desta dinamização é de Monsenhor Agostinho Borges, que a assume juntamente com as “consequências”. É que, como a comunidade portuguesa na capital italiana não é muito numerosa e não chegava para dar “vida” à Igreja, e os peregrinos também não são em número suficiente, o Reitor do Instituto e da Igreja viu “que era necessária uma actividade cultural que trouxesse outro tipo de peregrinos: os peregrinos da música, da cultura”. “Mas o meu grande sonho é aquilo que se realizou no dia 7 de Dezembro de 2008, véspera da Imaculada Conceição e dia de Santo Ambrósio, que foi a inauguração do órgão de tubos” – sublinhou o sacerdote.

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